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Blog pessoal de Paula Oliveira
Ainda sobre o post de ontem.
Como ontem era dia de atendimento da D.T., dirigi-me lá com o intuito de ser esclarecida sobre o que se passou.
A D.T. já estava a par, porque o meu R. lhe tinha contado. Dirigimo-nos as duas ao refeitório e pedidos os esclarecimentos, qual não é o meu espanto, quando a responsável pela cozinha, nos diz: só se foi por ter servido a comida para o prato com a mesma colher com que estava a servir os outros de massada de peixe. Garantindo que a massa foi feita de propósito para o meu filho.
Com esta explicação, não consegui protestar muito mais, mas sempre fui dizendo que achava muito estranho ele ter tido uma reacção tão violenta, se procederam daquela forma.
Cá entre nós, não acreditei na desculpa inventada, assim em cima do joelho, mas também preferi conter-me, porque depois quem poderia sofrer, seria o meu R. E resolvi dar o assunto por encerrado, quando me garantiram que o mesmo não se repetiria.
Hoje lá foi o rapaz, para a escola. Foi o 1º dia de aulas e acho que ele ia calmo e descontraído.
Ontem foi dia de apresentação e reunião com os Encarregados de Educação e ele ambientou-se bem porque reconheceu alguns colegas de turma.
Acho que ele já se começou a aperceber da dificuldade do ano lectivo que tem pela frente, com mais disciplinas e maior exigência.
Estou confiante que vai correr tudo bem, apesar da dificuldade que ele tem em adaptar-se a novos espaços, e a novas pessoas.
O meu filho está um homem, às portas de fazer 12 anos tem aparência de homem, mas tem um coraçãozinho de criança.
Se calhar são os meus olhos de mãe que o vêm assim
Com o aproximar do início das aulas, com a ida para uma nova escola e novos colegas, os pesadelos regressaram.
O meu R. anda a ficar ansioso, e a noite passada foi a 2º noite consecutiva que teve pesadelos. À duas noites atrás, só me contou de manhã quando acordou, mas a noite passada eram 5h da manhã e foi ter comigo ao quarto com a cara toda molhada de lágrimas. Tinha acabado de acordar de um pesadelo e quando lhe perguntei sobre o que tinha sido só me respondeu meio a dormir que tinha sonhado que a mamã, (eu), tinha ido para o céu. Perguntei-lhe se queria deitar-se ao pé de mim e ele nem respondeu enfiou-se logo na cama e adormeceu de imediato abraçado a mim. Eu não consegui dormir mais nada de jeito porque com mais um matulão daqueles na cama não é fácil, mas não me importei, soube tão bem estar abraçada a ele.
Hoje à hora de almoço pedi que me contasse o pesadelo e ele disse que não se lembrava de nada, só se lembrava de ter ido ter comigo à cama.
Eu já sabia que não ia ser fácil esta mudança, porque ele tem muita dificuldade em se ambientar a novas situações e a enturmar-se com novas pessoas.
Mas espero que esta fase de adaptação seja curta, para isso conto com a ajuda de um colega de turma que ele já conhecia do ATL.
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