Acordei cheia de dores, meio zonza e sem saber onde estava.
Havia um corrupio de pessoas que falavam, riam, sussurravam em meu redor.
Abri os olhos e vi que se tratava de enfermeiras e auxiliares de acção médica.
Tenho todas as sensações, cheiros e imagens presentes no meu subconsciente, como se as tivesse vivido ontem.
Antes de me vir ao pensamento o que estava ali a fazer, ainda houve tempo para me darem uma injecção para as dores que actuou rapidamente. E em breves minutos consegui raciocinar e lembrar-me que tinha ido ter o meu primeiro filho. O coração dispara, a cavalgar a 1000 km/h, porque olhei em redor e não vi o meu bebé.
No meio de um turbilhão de pensamentos pergunto, com medo da resposta, á enfermeira que estava mais perto de mim: O meu bebé?
Ela olha para as outras e a rir diz-me: O seu bebé nasceu cheio de fome, como demorou a acordar da anestesia, tivemos que lhe ir dar um biberão de leite. E eu, embora um pouco mais calma, mas não 100%, pergunto ainda: Mas está tudo bem como ele? E a resposta foi: Está óptimo.
Acalmei um pouco, mas super ansiosa por poder olhar para o meu bebé pela primeira vez.
Passados uns instantes, que me pareceram uma eternidade, chega uma enfermeira com o meu bebé ao colo e deita-o ao pé de mim. Eu só me apetecia dar-lhe beijinhos e fazer festinhas e quando me chego mais ele parece que procura a minha mama. A enfermeira que mo trouxe ri-se e diz-me que ele não aceitou o biberão, que o que ele quer é leitinho da mamã. Então ajuda-me a preparar para eu o poder amamentar e quando ele pega e começa a mamar sofregamente, não consegui evitar e as lágrimas começam a rolar pelo meu rosto. Eram lágrimas de felicidade pela misto de emoções e sensações que estava a ter naquele momento e que eu queria que durasse para sempre.
FOI O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA.