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Blog pessoal de Paula Oliveira
Foram só 4 dias, mas pareceram uma eternidade.
O M. só esteve fora 4 dias e não é a 1ª vez, mas é a 1ª vez desde que o G. nasceu.
Foi muito difícil e a partir de agora as viagens sozinho vão ter que ser muito bem pensadas e pesar os prós e os contras.
Isto porque o meu M. todos os anos tem tido uma ou duas viagens oferecidas pela empresa onde trabalha e eu sempre o apoiei e incentivei a ir.
Ao meu R. apesar de ficar com saudades do pai nunca o afectou muito.
Agora com o G. a história é outra.
No ano que nasceu tinha ele 1 mês o M. ganhou uma viagem ao México e optou por não ir porque o bebé era muito pequenino e como eu tinha sido internada pela 2ª vez depois do parto e ainda estava muito fraca ele ficou para me ajudar.
Agora como o G. já está com 19 meses, e também como eram só 4 dias, eu não coloquei qualquer entrave à sua ida.
Só que não esperávamos a reacção que o G. teve. Primeiro começou por andar sempre a perguntar pelo Papá, depois quando ouvia passar ou parar um carro ao pé de casa ia a correr à janela ver se era o papá.
Mas o pior foi quando no segundo dia o pai telefonou e eu passei o telefone, ele gritava pelo pai e depois de o pai desligar nunca mais foi o mesmo, ficou muito rabugento, triste a chorar por tudo e por nada, etc.
No dia seguinte achei melhor não lhe passar o telefone quando o pai ligasse e foi o que fiz, mas as coisas não melhoraram, porque ele esteve sempre muito rabugento e dava a sensação que lhe doía alguma coisa, depois de andar com ele sempre ao colo e ele ficar muito sonolento, achei que estivesse com sono, só que deitava-o na camita dele e ele não conseguia conciliar o sono o que não é muito normal, porque ele dorme sempre muito bem.
Acabou por fazer um pico de febre nessa noite e na manhã seguinte também e eu pensando que ele estava doentito levei-o ao pediatra, que depois de o examinar não lhe achou absolutamente nada e disse que eventualmente poderia ser a falta do pai que o estaria a deixar assim. Fiquei de ir vigiando e de ver as alterações com a chegada do pai.
Não é que ele mudou completamente mal o pai chegou. O sorriso que já não lhe via desde que o pai foi embora, depois de ele chegar não saía do seu rosto. Fiquei pasma, e sem qualquer dúvida de que realmente tinha sido a ausência do pai a provocar o estado do G.
Foram 4 dias muito complicados, porque quando não sabemos exactamente o que eles têm é uma preocupação imensa, mas o mais importante é que já está tudo bem.
E aquele abraço à sua chegada, faz esquecer quase tudo.
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